terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Humanos





(Rodrigo Azevedo)



Humanos
Pensam em ser donos
Da verdade, de todos
Da vida, do mundo

A vida não lhes pertence
Mas compram e vendem
Parcelam em até 36 meses
Para sentirem-se donos às vezes

Creem estar no controle
Da vida e da morte
Acreditam na sorte
Mas a sorte não acredita neles

Um amor que faz sofrer
Em nome de Deus
Amedronta a sua fé
Para desconhecer quem é

Escolhe as suas escolhas
O que comer, como viver
Em que crer, como agradar
Pessoas que não vivem por você

Humanos
Pequenos pelo ego
Filho errante
Dá desgosto a sua mãe
A mãe natureza
Filho que a degrada
A vende e a destrói
Por ganancia que o coroe
Matou a sua humanidade
E deu vida a um mostro
Nada lhe restará, nem a saudade
Pois, desaprendeu o que é o amor!

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