terça-feira, 22 de setembro de 2015

Foi Quando o Amor Morreu





(Rodrigo Maia de Azevedo)



Foi quando o amor morreu
Você se virou
E foi embora
Pôs o meu amor
A tua prova

Como canção mal escrita
De qualquer jeito
Pois é assim todos gostam
Fácil de gostar, fácil de esquecer

Vá atrás do que lhe convém
Vá ao encontro do que procura
Vá ao teu espelho
O que procura está atrás
Não nos frascos dos remédios
Atrás dos teus olhos

Foi quando o amor morreu
Te olhei, não te reconheci
Não é a moça que me conquistou
Que me entreguei por mim
Perfumada que nem flor
E eu um beija-flor
Me alimentou do teu néctar
Logo se foi como a primavera
Com o calor do verão
E fiquei no inverno
Tempo triste e choroso

Foi quando o amor morreu
Quando você partiu
Meu coração!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Diferente e Incomum





(Rodrigo Maia de Azevedo)



Amo cada detalhe imperfeito
Tudo que te deixa do seu jeito
Estrias, celulite
Toda pele que te veste

Eles podem até estranhar
Preconceituosamente julgar
Mas com o meus olhar de poeta
Te vejo diferente
Mulher natural e toda sua simplicidade
Que te faz ser bela de verdade

Isso que me atraiu a você
O simples fato de ser simples
Veste o que te conforta
Sem maquiagem porque te esconde
Chapinha? Natural é mais bonito
A barriguinha não te incomoda

Diferente e incomum
Não é para qualquer um
Nem para quaisquer olhos e gostos
Quando te vejo, também me vejo
Me vejo ao seu lado!

domingo, 6 de setembro de 2015

Violoncelo






(Rodrigo Maia de Azevedo)



Se gaba porque perdeu
Os quilinhos que sempre desejou
Emagreceu o que quis
Agora se sente uma miss

Antes, vivia de mal com o espelho
Se via feia pelos olhos dos outros
Não se achava atraente pelos comentários alheios
Hoje tudo mudou, resolveu entrar na regra do mundo

Você disse: “Eu era violoncelo, agora sou violão”
O violoncelo tem o som mais sensual que o violão
Desculpe ser tão franco moça
Essa é a verdade escondida
Atrás do preconceito que te guia
Achar mais bonito o que é popular
Enquanto desconhece a história por trás

Se auto desvalorizar e se modifica
Para dizer que finalmente é feliz
A felicidade vem de dentro, amor próprio
Na forma de como se vê no espelho
Não é aonde apontam estar
Se encontre, entenda seus detalhes
Para assim, amar a si

Quem te amará verdadeiramente
Amará seus mínimos detalhes
Que a maioria é incapaz de tolerar
Esses não fazem ideia do que é amar

Tesão é vaidade
Amor é solidariedade
Procure em ti o que procura nos outros
Seja orgulho ou amor
Só encontrará o que planou em seu coração!

Fazer Mais o Quê?





(Rodrigo Maia de Azevedo)



Já fiz tantos poemas
E nada de você aparecer
Fiz dezenas de poemas
E nada de te ter
Te conquistar para valer
Te conquistar de vez

Fazer mais o quê?
Fiz tudo que pude fazer
De poemas até procurar por você
Juras de amor, o quanto te desejei

Perdi meu tempo sem querer
Gastei dedo, caneta e papeis por você
Com amores e loucuras para te ter
Só o que for belo, nada mais sei fazer

E você ai
Onde for que reside
Nem ai para mim
Esperando não sabe o quê
Um milagre acontecer talvez
Não vê que sempre esteve
Onde pôde ver
Fazer mais o quê?
Não fez para merecer!