segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Quando Eu Era Criança





(Rodrigo Maia de Azevedo)



Quando eu era criança
Queria ser adulto
Hoje, arrependido
Queria ser criança

Mas para a minha sorte
Mesmo sendo gente grande
Com a arte de pintar o sete
Para expressar minha criatividade
E não a deixo morrer

Assim, minha criança interior
Continua falando mais alto
Que meu adulto chato e quadrado
Essa criança se chama amor!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

RAPadura





(Rodrigo Maia de Azevedo)



Um cara que faz o seu rap
Mantém o foco no norte/nordeste
Na sua cultura e raízes
Saindo um pouco da mesmice
Tira o rap das favelas
Que hoje chamam de comunidades
Porque é mais bonito
E leva para o sertão
Morada da seca e fome
Que o governo e a TV tanto esconde
E só aparece em época de eleição

Fala da cultura e da riqueza
Que está em nossas mãos
Mas preferimos carregar
O cinza sem graça nos corações
O padrão de beleza discriminatório
Que vem do sul e sudeste

Vai entender o que tem
Na cabeça da nossa gente
Que trabalha noite e dia
Dá o sangue pela vida
Ganha de quem já tem vida feita
Dos quadrados e amarrados
Que te pisam sem dó
Em suas raízes, em sua nação
No nordeste que você veio
Com poesia no vocabulário
Sotaque rico e carregado
Cantado por natureza
Não troco meu “oxente” por nada!