terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Deleite




(Rodrigo Azevedo)



Vem! Quero invadir sua praia
Sentir seu calor, sua brisa
Invadir seus desejos
Ser o seu necessário

Vamos invadir outras praias
Pegar a onda do destino e remar a vida
Deixar a maré nos levar
No deleite da brisa de amar

Lá, é onde queremos estar
Não há lugar mais calmo para amar
Temos todo o tempo do mundo
Pois, amor nos mantem juntos

Cedo ou tarde
Descobrimos que nenhum problema ou diferenças
Podem ser tão grandes
Quando estamos com quem há amor!

Ao Que Será





(Rodrigo Azevedo)



Meu coração estava despedaçado
Rasgava em trapos
O que restava do peito
E alguém levou os pedaços

Leva de mim, isso que me faz dor
E traz a parte que me falta, sonhador
Sonhador eu, sonhar por um amor
Que talvez, quem sabe, deseje todo o meu valor

Tudo aquilo, passou
Está distante, longe de mim
Hoje, olho para os lados, me situo, para onde vou?
No caminho que me guie a ti

Toda vez que meu coração bate
Sinto uma ponta ainda a me cutucar
Lembro por onde caminhei até aqui
E dos motivos de tanto te encontrar

Vivo a vida dando um passo por vez
Sem pressa, para não me perder no caminho
O tempo passa, deixamos passar muitos detalhes
Volta e meia, retornam os detalhes perdidos
Detalhes que dão sentido de existir
Mostram porque de tanta importância
Nessa hora, não podemos mais fugir
Nos render ao que será!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Só Amor





(Rodrigo Azevedo)



Sabes o que é amor?
Amor próprio
Amor feito
Amor preferido
Amor perfeito
Amor ferido
Amor falido
Amor amargo
Amor amado
Amor lotado
Amor vago
Amor vadio
Amor aceito
Amor querido
Amor de gosto
Amor sem gosto
Amor conosco
Amor convosco
Amor solitário
Amor cansado
Amor calado
Amor falado
Amor carinhoso
Amor corajoso
Amor gostoso
Amor jeitoso
Amor sentido
Amor fingido
Amor ajeitado
Amor arranjado
Amor anterior
Amor antecessor
Amor jogado
Amor forjado
Amor abarrotado
Amor amarrotado
Amor batalhado
Amor ganho
Amor amado
Amor só
Só amor!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Desejo Necessário





(Rodrigo Azevedo)



Nunca imaginei
De tanta imaginação, viver
Sonhos, desejos imaginários
Sonhando acordado
De tanto pensar, refletir
Só são pensamentos, nada mais?

Vivemos no mundo da imaginação
Sonhos de uns, desejos de outros
Vivendo suas vidas como um roteiro
Com estereótipos alheios
Ser tudo perfeito, para os outros, admirar e invejar
Deixando de lado a satisfação própria
O que realmente necessita
E dará alegria aos seus dias

Imagine como seria
Um mundo de pessoas sonhadoras
Vivendo as fantasias sem sair do lugar
Sem mexer um dedo para realizar
Tudo que imaginar, sonhar
Em um piscar de olhos, criar vida
Imagine só, a bagunça que seria o mundo
Cheio de sonhos repetidos
Mundo sujo, imundo por copias dos outros
Nada de novo, inédito
Mesmos rostos, mesmos corpos
Sem imaginação, sem emoção
Sem calor, sem carinho
Sem paixão, sem amor
Um mundo sem o essencial, o natural
O desejo necessário!

Monotonia





(Rodrigo Azevedo)



Viva o dia a dia
Vida monótona
Viva a monotonia
Mesmice de todos os dias

Um dia qualquer, como qualquer outro
O mesmo sol esquenta com o seu calor
Nasce no horizonte horizontal
Com o mesmo repetitivo e inesquecível por do sol

Dias sem graça
Manhãs sem açúcar
Tardes sem sal
Noites... ai passo mal

Mudam-se as estações
Alguns rostos e amores
Frio, fresco, quente
E sempre chega a calmaria da noite!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Meu Olhar, Seus Detalhes





(Rodrigo Azevedo)



Eu aqui, fácil para você e você ai, nem percebe
Cheia de charme, dificultando as coisas
Se fazendo de difícil
Nem liga para mim

Como eu faço para entrar ai?
Código, chave?
Qual a combinação
Para entrar em seu coração?

Seus detalhes me fascinam dês do primeiro olhar
Desde lá, não deixo mais de sonhar
Em conquistar o seu olhar, encostar no meu
Afirmar, finalmente, sou seu

Não peço nada demais, só amor
Nada é mais valioso
Ainda mais valido
Vindo do seu coração!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Caminhos





(Rodrigo Azevedo)



Pareço bobo por ser tão sentimental
Mas isso me faz diferente e ser quem sou
Tão apaixonado, por amor
Olhando sempre por onde ando
Sem esquecer o caminho que já passei
Os caminhos que marquei
As pegadas que deixei
Para não esquecer por onde andei

Estou velho demais para ir no gosto dos outros
“Sim senhor” para entrar em um clube de espelhos
Pouco me importa ser aceito ou não
Ser querido por atuar ou ser moldado
Feito peça de cerâmica
Um detalhe fora do lugar, é rejeitado e despedaçado
Prefiro ser diferente com meus detalhes que me fazem único
Que os olhos mais simples podem enxergar

Não temo a vida, o presente ou o passado
Temo nada mudar, continuar como está ou para pior
Todos perder definitivamente o pouco amor que resta
E escolher a inveja e o desprezo como nova morada
Escudo que te engana, cheio de falhas e te deixa exposto
À resposta dos próprios erros
Cometido a si e a outros
Desejar todos afundar, mesmo sabendo que estamos no mesmo barco

Nunca desejei o mal a ninguém
Pois sei que este mesmo mal voltará a mim
Desejo sempre o bom e o melhor
Mesmo não sedo desejado por outros
Faço meu caminho sem incomodar
Passo batido, sem ninguém se quer notar
Sei que cedo ou tarde, um dia
Não temo e não tenho pressa
Um par de olhos sinceros irá me enxergar
Ao menos o meu mundo irá mudar!

sábado, 8 de dezembro de 2012

Miragens





(Rodrigo Azevedo)



Para quê se fazer de forte?
Mostrar que está tudo bem?
Por dentro se desfaz feito sal em água
Tanto sal de fazer mal

De que vale tanto orgulho?
Para ser a certeza absoluta todo o tempo?
Isso só te distancia da felicidade
E do amor de quem te quer bem

No que vale exaltar tanto a beleza exterior?
E se por dentro não oferecer nada de bom?
A casca do fruto não mostra o verdadeiro sabor
O espelho não diz quem somos

Porque valorizar tantas palavras sem importância?
Seguir ideias alheias sem fundamentos?
O único caminho que te leva é da ignorância
Viver para cometer os mesmos erros alheios

Quem criou a ideia de somar prazeres dá sentido à alegria?
Tantas bocas e sexo desconhecido há vantagem?
Ainda não sabe o que é saber viver a vida
Na rua vadia só encontra miragens!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Padrão Natural





(Rodrigo Azevedo)



As pessoas complicam o que é tão simples
Não enxergam o que está em frente aos olhos
Buscam alguém para pôr em pratica o que se sente
Mas com a face mais bela que os gestos esperados

O brilho nos olhos não é o suficiente
Esperam receber sempre mais
Todo o amor do mundo não é o bastante
Esperam o belo para os olhos alheios ver

Buscam atitudes além do prever
Sem surpresas, siga o script
Nada de diferente, fora do normal
Atitudes previsíveis para mostrar que é o tal

Querem viver algo especial
Mas nada que fuja do seu padrão natural
Viver um conto de fadas é seu sonho infantil
Algo perfeito, diferente do que reflete em frente ao espelho

Olhe em volta e diga o que vê
Tem algo que imaginou ter?
A beleza da vida não está o que os olhos capta
Está no que se sente quando está com quem sabe amar!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Últimos Dias na Sombra





(Rodrigo Azevedo)



Tudo que eu sempre procurei
Escorregou entre meus dedos
Fugiu sem prestar socorro
Me deixou sozinho e ferido

Vivia em um belo sonho
Despertava todos os dias pela alegria de viver
Abraçado sempre com boas sensações
Dia e noite com um sorriso permanente

Em mim, só sinto dor
O amor que de mim, levou
Arrancou meu coração sem dó
E só sinto dor

Que o mundo se exploda sem mim
Nada mais me resta por aqui
Sem o teu amor, nada mais me importa
Conto os últimos dias na sombra!