domingo, 30 de junho de 2013

Pobre de Coração






(Rodrigo Azevedo)



O intolerante é fraco
Medo de sair do armário
Talvez de aceitar, gostar
Não tolera o diferente
Não quer conhecer
Prefere permanecer ignorante
Mas fácil entender o que não conhece
Respostas prontas de lábia vazia

Os mesmos que exigem
Respeito por quem é, o que crer
Que diz pregar o amor
Mas pratica o oposto de tudo que é bom
Mostra o quão pobre
Pobre de coração
Alma vazia
De quem não sabe amar

O respeito é importante
Não adianta receber sem compartilhar
Sem provas para essa rebeldia
De ódio ao seu semelhante
Por não ser do seu agrado
Não fazer parte do seu mundo
Constrói pontes, muros
Por tanta loucura dita por outros
Hoje cospe no prato
Que amanhã poderá te manter vivo!

sábado, 29 de junho de 2013

O Lado Bom



 



(Rodrigo Azevedo)



Não desperdiço amor
São poucos os merecedores
Que mostram seu verdadeiro valor
Para ter essa sorte

Não ligo para idade
Acho isso bobagem
Não é a idade que prova a maturidade
São as atitudes e escolhas que se faz

“Nunca senti isso por ninguém”
Já ouvi essas palavras
Não corresponderam as ações
Palavras passam e são esquecidas
As ações refletem
Os desejos e pensamentos

Por tantas vezes me quebrei
E sem esperar, me juntei
Colei o que tive de colar
Com peças fora do lugar
De outras partes
Fora de mim
Para me sentir completo
Mesmo faltando algo
No momento, me esqueço
Mas logo volta a dor nos ombros
O peso da cruz
Arrasto por aonde vou
Mas o senhor do tempo me ensinou
Aliviar esse peso é preciso
Esvaziar, não tem mistério
Para ter espaço para chegar o lado bom!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Dentro de Minha Casa






(Rodrigo Azevedo)



Não me espere
Não tenho hora marcada
Nem lugar, se quiser
Não espero nada, só a esperança
Em nada e ninguém
Só em mim
Me basta assim
O que tiver de vir

Agora espere
Só se, me tolere
Faça sentido
Ficar comigo
Ai sim poderia falar
Quem espera sempre alcança
A esperança esperada
Dentro de minha casa

Para dentro de mim
Fica assim
Tem algo pendente
O que me sugere?

Não tenho pressa
Eu sei onde quero chegar
Quem vai com muita sede ao pote
Acaba cansado e com sede
Lamentar o que?
Tenho muito a aprender
A caminhada não para
Até as pernas não mais aguentar

Não tenho certeza
O mundo é um livro 
Ainda não lido
Com tantas paginas 
E historias variada
A vida é curta para ter razão
Prefiro viver, sentir o momento
E esperar o momento certo
De acontecer o tão aguardado!

domingo, 23 de junho de 2013

O Despertar





(Rodrigo Azevedo)



Suas palavras ilusórias não servem mais
Sua maquiagem borrou
E todo o mundo ver sua verdadeira face
De mentiras e traições
Com sua própria nação
Que tanto honrou no seu coração
Junto com o passado
A honra acabou

As roupas caras, penteados, plásticas
Tão falso quanto seu respeito
Usa o dinheiro que não é seu
Com os nomes das pessoas que te banca
Para pôr falsa banca no estrangeiro
Mostrar para o mundo inteiro
A pessoa que você não é
O país que você ilude
Com a ilusão de um país alegre
Justo, acolhedor e seguro?
Os olhos não estão mais fechados
O mundo enxerga seus verdadeiros atos
Atos vândalos contra o povo que te carregou
Deixando-os a mingua
Da saúde de uma vida plena e segura

Seus atos contradizem suas palavras
Covarde, usa a falta de informação como arma
A força da mídia para pregar a falsa esperança
De uma falsa democracia ditatorial
Calar as bocas da informação
Que tiram seu sossego e levanta quem está no chão
Esse barulho não te deixa dormir como antes
A paz que tinha ao tirar de todos

Seu pão e circo não servem mais
É pouco para quem hoje acordou
A muito tempo permaneceu adormecido
Percebeu que merece mais
Tudo que for junto e lhe traga paz
Dias sem sangue, sem dor
Liberdade sem grades
Sem vergonha ou medo
De ser quem é, sem se esconder

As presas, hoje são caçadores
De quem os manteve enjaulados e amordaçados
Entre lixo cultural, cimento e grades
Hoje quer liberdade, do bom e do melhor
Começou a caça as bruxas
Os ladrões de terno e gravata
Escondidos por trás da justiça falha
Que olha pelos seus parlamentares
Que põe o povo contra o povo
Usa a policia como escudo
E arma para a sua proteção
Espanca a paz do povo
A todo o momento é pregado
Sem motivos, arma conflitos
Armados e perigosos
A ponto de bala contra o povo
Balas de borracha que ferem
Aleijam e matam a liberdade
Essa repressão só os motiva mais
Para lutar contra os marajás
Feridos, não fogem a luta
Diferente de você
Que mudou de lado quando chegou ao seu lugar
Esqueceu o seu passado
Das lutas e por quem lutou
Hoje vemos que lutou por você
Para conquistar o que sempre desejou
O poder
Mas seu poder não apaga o passado
Não cala a voz dos abandonados!