(Rodrigo Azevedo)
Pareço bobo por ser
tão sentimental
Mas isso me faz
diferente e ser quem sou
Tão apaixonado, por
amor
Olhando sempre por
onde ando
Sem esquecer o
caminho que já passei
Os caminhos que
marquei
As pegadas que deixei
Para não esquecer por
onde andei
Estou velho demais
para ir no gosto dos outros
“Sim senhor” para
entrar em um clube de espelhos
Pouco me importa ser
aceito ou não
Ser querido por atuar
ou ser moldado
Feito peça de
cerâmica
Um detalhe fora do
lugar, é rejeitado e despedaçado
Prefiro ser diferente
com meus detalhes que me fazem único
Que os olhos mais
simples podem enxergar
Não temo a vida, o
presente ou o passado
Temo nada mudar,
continuar como está ou para pior
Todos perder
definitivamente o pouco amor que resta
E escolher a inveja e
o desprezo como nova morada
Escudo que te engana,
cheio de falhas e te deixa exposto
À resposta dos próprios
erros
Cometido a si e a
outros
Desejar todos afundar,
mesmo sabendo que estamos no mesmo barco
Nunca desejei o mal a
ninguém
Pois sei que este
mesmo mal voltará a mim
Desejo sempre o bom e
o melhor
Mesmo não sedo desejado
por outros
Faço meu caminho sem
incomodar
Passo batido, sem ninguém
se quer notar
Sei que cedo ou tarde,
um dia
Não temo e não tenho
pressa
Um par de olhos
sinceros irá me enxergar
Ao menos o meu mundo
irá mudar!