Expressão do Coração

(Rodrigo Azevedo)

Se minhas mãos pudessem expressar

O que tenho no coração

Escreveria cartas e mais cartas

Faltaria papeis em branco

Escreveria nas paredes

De todas as casas, prédios e pontes

Para atravessar todas as pedras

E abismos que dificultam a chegada

De minhas palavras em seus olhos

E tocar em seu coração

Onde quero alcançar

Sem medo de errar

Nas palavras escritas

Descrevem meu coração

Por sua felicidade

De nós dois

Juntos!

...Depois Reclame

 (Rodrigo Azevedo)

...depois reclame

Faça vexame

Gritar que nada deu certo

Amaldiçoar o mundo

Pelo caminho que escolheu

Nas escolhas que fez

Nas mentiras que acreditou

Nos gostos que provou

Aprovou e viciou

Na ilusão que tanto procurou

De tanto desejar o que não existe

Quer que seja verdade

Custe o que custar

Mesmo que vale sua felicidade

Por algo tão barato e vago

Sem graça e raso

Pelo gosto de se embriagar

Pelos olhos

Espere o açúcar baixar

E vem a tontura e a queda

E por fim, a dor de cabeça!

Aqui

(Rodrigo Azevedo)

Fico duvidoso

Com sua reação

Se é o que diz

Sobre meus poemas e declarações

Entregar-me-ei em mãos

Sua falta de atenção e ação

De emoção e carinho

Me joga pra longe

Não tenho onde segurar

Só quando me for, vai sentir

Para variar

Me procure quando

O bem quiser

E não me encontrará mais

Aqui!

Quero Te Ver

(Rodrigo Azevedo)

Você pode até duvidar

Mas ainda quero te ver

Com meus próprios olhos

Ouvir sua voz

No pé do ouvido

Sentir seu corpo

Entre meus braços

Seu perfume impregnar

Toda minha roupa

Com seu abraço gostoso

Me mulher meiga e carinhosa

Macia como pétalas de rosas

E como tal, me perfumar

Embelezar meu dia

Colorir minha vida

Que por tanto tempo, contava os dias

Pra te abraçar, te ouvir

Sentir seu perfume, te ver sorrir

Tudo aquilo que te prometi

Vai sentir em ti

Meu coração bater de emoção

De te ter perto

De mim e do meu coração!

Para os Outros

(Rodrigo Azevedo)

Para os outros

Nunca seremos o suficiente

A menos que

Encontremos alguém

Que nos veja diferente

E também

O enxerguemos igualmente

Pra ter um equilíbrio

Felizes e completos finalmente

Sem o ego e preconceito que nos prende

No passado e erros que nos fere

Que nos fazem reclamar sempre

“A culpa é dos outros”

E não da gente

Com aquela mesma mesmice

Reprises sem enjoar

A mesma historia de sempre

Até um dia perceber

De tanto errar e sofrer

Aprende, em fim

A viver

Bem consigo e com o que tem

Sem querer demais

Ou o mal a alguém

Só o bem si

E querer quem te quer bem!