(Rodrigo Maia)
No fundo dos meus olhos você ver
Um ser humano sem sentido
Uma boa alma que pode crer
Num frágil, mas raro infinito
Muito fácil de ficar perdido como uma grande floresta
Aos poucos sendo desmatada
Cada dia mais descoberta, nem uma sobra a cobrir
Uma terra sem dono e sem leis
Um mundo do ser de vícios perdidos
Quem me achar é dono
Quem chorar por mim, estou num sonho
Livre como uma formiga num zoológico
Bem querido como um tubarão morto
Amado como o esposo da viúva negra
Bem visto como você, minha amada
Que tanto fez nada
Como um peixinho num aquário
Presa como eu, igual a nada
Um nada que todos se espelham a ser igual
Igual a todo mundo
Tantos pontos, tantos rostos
Todos iguais e que não posso esquecer
Tanto brilho e glamour que não pode ser visto
A paz luta incessantemente para morrer
Uma luta maior que sua vida
Mais fácil que viver
Desistir é uma palavra que persiste
Viver sem vida
Moldada por suas próprias loucuras
Ser um espalho do mundo
Banhado em sangue de inocentes corruptos
Olhares fechados para todos
Corpo fechado para o amor
Vida sem sentido pega qual quer caminho
Acompanha os passos do anterior
Segue a visão de quem se deixa mandar
Esse é o valor de quem não sabe se amar
Pobre alma que não se dá valor...
Quanto vale uma alma sem valor?
Quem quer essa alma sem valor?