domingo, 28 de setembro de 2008

Socorro!

(Rodrigo Maia)


Socorro!

Alguém me salve

Não paguei meu pano de saúde

Uma saúde que não tenho


Reforço minhas portas e janelas

Com medo de um estranho entrar

Olho em diante, estou preso

Dentro do meu próprio medo


Alguma alma bondosa desse mundo amedrontador

Salve-me de mim mesmo

Um colo aconchegante e quentinho

Um pouco da tua atenção para não me sentir sozinho


Dêem-me um pouco de paz vital

Mesmo que seja virtual

Tranquem-me sozinho nesse grupo

Num quarto escuro, mas aberto para o mundo


Vejo helicópteros sobrevoando minha cabeça

Vigiando a violência que posso fazer, ou sofrer?

É para me sentir protegido ou aflito com esse vigia?

Algo menos barulhento, sutil e minha altura, pode ser?

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