domingo, 25 de janeiro de 2009

O Consumidor e O Consumido!


(Rodrigo Maia)


Com seus olhos claros

Iluminados com uma luz infernal

Vieram dos céus como anjos

Refletindo a imagem que apaixona todos afinal

Sendo tudo que querem ser

Mostrando tudo que querem para si

Esse é o momento crucial mais esperado

Ouvir os seus desejos para que sejam realizados

Um sorriso macabro se abre

Seus olhos te iluminam como se te levasse aos céus

Logo após, tudo escurece

E logo percebe que realizou o que lhe prometeu

Escorre uma lagrima da falsa felicidade

Em pouco tempo percebe que na verdade só perde

Liberdade, alma...

Os maiores valores da vida

Trocados por caprichos temporários

Diferente dos sonhos, não volta ao velho dono!


Sempre em busca de desejos

E almas para a sua coleção

Fica sempre a espreita

Esperando alguém para te chamar

Fracos de espírito

Pobres de coragem

Mas com o coração bom

Alvos fáceis para esses selvagens

Monstros que saem de suas memórias

Mas escondidos com nossas mascaras preferidas

Incansáveis como o nosso dia-a-dia

Ferem mais que uma facada nas costas

Contam suas historias preferidas

Te fazendo crer em suas mentiras deslavadas

Caindo em sua armadilha

Te prendendo num buraco escuro, sujo e solitário

Sem seus sonhos, desejos, felicidade, amor...

Te dando uma só opção de filme para assistir

Denominado: “O Seu Fim!”

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Meu


(Rodrigo Maia)


Meu feitiço

Meu vicio

Meu gênero

Meu beijo

Meu doce

Meu bebê

Minha frente, meu lado, meu meio

Minha graça que me tira do serio

Meus poemas

Minhas canções

Meu fogo que queima

Minhas ações

Meu tempo infinito

Meu melhor momento

Meus ouvidos

Meus olhares

Meu ombro amigo

Meu prazer

Meus pensamentos

Meu caminho e meu caminhar

Minha semelhança

Meu passado, presente e futuro

Meu melhor presente

Meu coração

Minha metade antes perdida

Minha vida

Minha cura de todo mal

Meu amor

Ampulheta


(Rodrigo Maia)


Quem chega primeiro

Não será o vencedor

Será engolido pelos outros

Um grão não sobrevive a todos


Para quê querer mais tempo

Se não aproveita o que ganhou?


Preso em tua própria casca

Essa falsa armadura não te protege de si mesmo

Os minutos nunca irão falhar

Não terá tempo que te ponha no eixo


O tempo não avisa quando passa

É só girar que começa uma nova era

Nada sairá do lugar se você não meche a ampulheta

O seu tempo, a sua memória!

Maior que Deus?

(Rodrigo Maia)


Em tudo existe sua marca registrada

Algo que nada e ninguém pode nos roubar ou mudar

Arrogância, desprezo, julgamentos, "mestre do saber"?

Não sabe nem quem és e queres ser maior que Deus?


Quem olha mais por fora

Não tem nada por dentro

Imaginar que o espelho reflete a pessoa

É pensar que vive num mundo fantástico


Discordar é natural

Sem justificar é imoral

Respeitar é fundamental

Julgar é irracional


Sente algo errado, fique de ante ao espelho

Procure os erros dos outros em si próprio

Se ainda quiser segurar uma pedra

Você realmente não vale nada!


Deixo o orgulho te consumir

Quando não restar nada mais de si

Correrá de quem por você tinha as mãos abertas

Só encontrará o que me deixou, magoa!