domingo, 28 de setembro de 2008

Quem Somos

(Rodrigo Maia)


No fundo dos meus olhos você ver

Um ser humano sem sentido

Uma boa alma que pode crer

Num frágil, mas raro infinito

Muito fácil de ficar perdido como uma grande floresta

Aos poucos sendo desmatada

Cada dia mais descoberta, nem uma sobra a cobrir

Uma terra sem dono e sem leis

Um mundo do ser de vícios perdidos

Quem me achar é dono

Quem chorar por mim, estou num sonho

Livre como uma formiga num zoológico

Bem querido como um tubarão morto

Amado como o esposo da viúva negra

Bem visto como você, minha amada

Que tanto fez nada

Como um peixinho num aquário

Presa como eu, igual a nada

Um nada que todos se espelham a ser igual

Igual a todo mundo


Tantos pontos, tantos rostos

Todos iguais e que não posso esquecer

Tanto brilho e glamour que não pode ser visto

A paz luta incessantemente para morrer

Uma luta maior que sua vida

Mais fácil que viver

Desistir é uma palavra que persiste

Viver sem vida

Moldada por suas próprias loucuras

Ser um espalho do mundo

Banhado em sangue de inocentes corruptos

Olhares fechados para todos

Corpo fechado para o amor

Vida sem sentido pega qual quer caminho

Acompanha os passos do anterior

Segue a visão de quem se deixa mandar

Esse é o valor de quem não sabe se amar

Pobre alma que não se dá valor...

Quanto vale uma alma sem valor?

Quem quer essa alma sem valor?

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