sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Caminhos





(Rodrigo Azevedo)



Pareço bobo por ser tão sentimental
Mas isso me faz diferente e ser quem sou
Tão apaixonado, por amor
Olhando sempre por onde ando
Sem esquecer o caminho que já passei
Os caminhos que marquei
As pegadas que deixei
Para não esquecer por onde andei

Estou velho demais para ir no gosto dos outros
“Sim senhor” para entrar em um clube de espelhos
Pouco me importa ser aceito ou não
Ser querido por atuar ou ser moldado
Feito peça de cerâmica
Um detalhe fora do lugar, é rejeitado e despedaçado
Prefiro ser diferente com meus detalhes que me fazem único
Que os olhos mais simples podem enxergar

Não temo a vida, o presente ou o passado
Temo nada mudar, continuar como está ou para pior
Todos perder definitivamente o pouco amor que resta
E escolher a inveja e o desprezo como nova morada
Escudo que te engana, cheio de falhas e te deixa exposto
À resposta dos próprios erros
Cometido a si e a outros
Desejar todos afundar, mesmo sabendo que estamos no mesmo barco

Nunca desejei o mal a ninguém
Pois sei que este mesmo mal voltará a mim
Desejo sempre o bom e o melhor
Mesmo não sedo desejado por outros
Faço meu caminho sem incomodar
Passo batido, sem ninguém se quer notar
Sei que cedo ou tarde, um dia
Não temo e não tenho pressa
Um par de olhos sinceros irá me enxergar
Ao menos o meu mundo irá mudar!

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