(Rodrigo Azevedo)
Seguir sem porque, para quê, para onde
Mas vai atrás para se perder
Sozinho em grupo
Dos barcos furados
Como se vivesse com um anjo e um diabo nos ombros
Dizendo o que fazer
Autonomia? Não sabe o seu significado
Usa-os como desculpa
Alvo de culpa
Dos erros que comete
Pobre caráter
Se deixa levar
Nas ondas alheias
De carona no barco furado
Se espelha em espelhos quebrados
De tanto cai pelas ruas
Apedrejados pelos mesmos
Cair de cabeça
Repete os erros
Esperando outro resultado
Sem mudar o caminho
O fim é sempre o mesmo
Vida Maria vai com as outras
A mingue
Levado pela maré
Afogando-se nas ondas
Pobre de ti
Não tem suas próprias leis
Segue o pronto sem porquês
Acaba sendo o freguês da vez!
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