sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Em Nome do Rei





(Rodrigo Azevedo)



Pelo bem da maldade
Não façamos nada
Assim, o rei prospera
No nosso esforço de servir
Cegamente ajoelhados
Do poder nosso que damos
Em bandeja de ouro
Encrostada de diamantes
Polidos com o nosso suor
E sangue das guerras
Que eles criam
Para lutar e morrer
Em nome do rei

Elite protegida por muros
Segurança de primeiro mundo
E nós aqui
A mingue
Alimentando-nos de restos
De comida, de segurança
Teto improvisado
Não aguenta nem uma brisa
Por culpa deles:
Submissão, medo, ignorância
Maioria incapaz de perceber
Que é nosso esse poder

Ele nos deixa assim
Perto do fim
Por medo de percebermos
Que nossa coragem está em nós
Força em grupo
Derruba qual quer muro
Não importa o tamanho
As paredes vão ao chão
E pôr o ego do rei
Em seu devido lugar
Dar-lhe um fim
E nossa liberdade preciosa
E igualdade justa
Que tão bem, nos pertence!

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