sexta-feira, 12 de julho de 2013

Fugir Do Bem Que Faz






(Rodrigo Azevedo)



O esforço que se faz para lembrar
O que quer esquecer
Só uma eutanásia
Para passar a borracha
No mal que você me fez
Um mau amor, outra vez
Sem medir as consequências
O grau de importância
Para a felicidade apagada
O coração machucado
O sorriso que virou lágrimas
O amor, hoje, inválido
Inativo, frio, impiedoso
Espelho do coração
De quem o machucou
De quem o abandonou
Se livrou do peso que nunca teve
Ignorância sobre o amor
Ego de aparências
Mais forte que sua compreensão
Foge do que não entende
Com armas em punho
Se mantém protegida, distante
Do amor que não quis, fugiu do apego
Escolheu a razão
Ter a certeza de ter tudo na mão
Na contramão, sem coração
Bateu de frente ao muro que construiu
Para se proteger das dores
Dos amores passados
Deixou a porta e janelas fechadas
Impedindo a luz, entrar algo novo
Desconta, sem piedade
Com todas as armas
Que aprendeu dos covardes
Em quem só te quis, amor

Não faz assim
Machucar a si
Fugir do bem que faz
Do amor que quem traz
Jogar quem e ama no vazio
E ficando só
Sozinha, sem amor
Sem carinho e conforto
De quem sempre te amou
Cegamente, só te olhou
Com amor que sempre sentiu
Soube que estava lá quando e viu
Hoje, os olhos enganam o coração
O ego te leva à solidão
Vai atrás de quem não tem
Do amor de quem um dia teve
Por um futuro certo, incerto
Atrás de fama e conforto
Sem a certeza que teve um dia
O amor para toda vida!

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