sábado, 6 de abril de 2013

Tiro no Escuro




(Rodrigo Azevedo)



Tantas coisas por ai
No vai e vem da sociedade
Um tiro no escuro é a salvação
O alvo é o próprio peito
Feito flecha de amor
Sem um amor para ser dividido

Brigas sem explicação
Soco no próprio estomago
Se não dói hoje, dói pela manhã
Dor insuportável, dor pagã
Paga com a própria vida
Sem valor até a hora de perdê-la

Confissões, acusações
Promessas sem razão
Cobranças, sermões
Deixa na mão, sem solução
Faz de conta que está certo
Que o problema é o normal

Arranca de ti, tudo que tem
Nada te pertence
Perde a ilusão de pertencer
A um mundo sem nexo, sem rumo
Parasita, arranque quando quiser
Mas a preguiça te deixa a migue

Vidas múltiplas, inúmeras
Números, estatísticas
Números apelidados com nomes
Para se sentirem livres
Compaixão mesquinha
Todos estão na mesma jangada furada!

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