segunda-feira, 19 de maio de 2014

Montanha Russa









(Rodrigo Azevedo)



O amor é uma montanha russa
Começa devagar
Com empolgação e alegria
De mãos dadas
Sobem a ladeira
No mesmo sentido
Com os mesmos desejos
Na vontade de se apaixonar

No ápice do amor
Ambos com o mesmo valor
Seguros em si
Crendo que ainda há de subir
Mas o crescimento acaba
Um esperando do outro
Que cresça mais um pouco
Ambos presos no alto

Daí vem à queda
Como um relógio, não atrasa
E você não esperava chegar
No declínio que leva se apaixonar
Tão rápido que o vento apaga o fogo
Na descida sem dó
O mais seguro deixou o fogo e apagou

Na queda livre
Não há amor
Só o desejo de se sentir livre
Da paixão que se apagou
Quem ainda ama
Não se vê mais como antes
As mãos não estão mais seguras

De ante a queda iminente
Fecha os olhos
E reflete para tentar entender
Onde foi que errou
Tardiamente, percebe
Sua falha foi amar
Se assegurar sem a certeza
De está seguro do outro lado

E a fila anda, literalmente
Nas quedas de uns
É a liberdade de outros
De escolher nova companhia
Sem se importar, de fato
Nas dores que fez doer
De quem deixou no chão
Para continuar em frente
Sem olhar para trás
Com vergonha do passado
Sem vergonha do que fez
Esperando algo melhor
Sem te feito para merecer!

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