domingo, 4 de maio de 2014

Contradi(a)ções





por Rodrigo Azevedo



Antigamente, as pessoas viam com bons olhos e se sentiam atraídas por pessoas que sabem expressar os sentimentos fisicamente e na forma de arte, seja na escrita, artes plásticas ou na musica. Hoje, essa visão está tão distorcida que as pessoas ignoram quem se expressa sentimentalmente por achar "cafona" ou "ridículo" e se atraem com qual quer “lepo lepo” da vida, acha que isso é falar de amor, que é carinhoso só porque o artista diz que é... Com corpos modificados em academia ou em cirurgias plásticas que se dizem “esculturais”, se preocupam mais com a sua aparência e principalmente com a do indivíduo do que com o que realmente importa, são tão vulgares que se preocupam mais com a beleza da capa do que se o conteúdo tem uma historia de qualidade e bem escrita.

Acham que paixão e amor é a mesma coisa, o primeiro passa com o tempo e o segundo é duradouro, chegando a ser “eterno”. Não existe amor platônico, isso se chama paixão, uma admiração pelo que aparenta ser, pelo que você acha que é, pelo que você consegue vê, isso é passageiro, descobrindo no fundo o que é, logo essa admiração some e a ultima coisa que você vai querer é continuar gostando ou até a ficar com a pessoa que antes você tanto admirava. Digo isso, pois, já vivi, senti e sofri na pele.

Se as pessoas quisessem de verdade o que dizem procurar, o padrão seria o mesmo de antigamente e não o de hoje, o amor seria o mesmo de sempre e não distorcido e transformado em algo tão frágil e vazio, quando consegue ver o que realmente é, aquela empolgação desaparece. Se as pessoas aprendessem e refletissem com os erros em vez de querer culpar Deus e o mundo e seguir aquela lenda passada de pai filho de que “todo são iguais”.  Essas mesmas pessoas aprenderiam o que é o amor, perceberiam o que ele realmente é, deixariam de lado todo o preconceito e padrão imposto pela mídia e sociedade, deixaria todo o orgulho de lado, ai sim encontraria o caminho que tanto procura.

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