(Rodrigo Azevedo)
Todo errado
Na contra mão da vida
Corre sem freios
Fecha os olhos a cada curva
Sai da linha num piscar
Cai em toda lombada
Pulando desconcertado
Quebra a cara todo o momento
De tanta asneira dita
Se sente o maioral
Acaba sem moral
De tão perdido na estrada
Sai por ai
Sem canal para assistir
Seu programa preferido
Viver a vida do outro
Não se faz por vencido
Numa discussão, fala mais alto
Não tem compaixão
Pelo seu coração
Machuca tanto quanto foi
Por tanto, se foi
Por lá, aqui, acolá
Sem fim para chegar
Abre a porta
Para quem? Não sabe
Um desconhecido te olha
Olha por toda parte
Não se reconhece frente ao espelho
Quebrado que só
Só vive
Agarra o vazio
Pertence ao seu ser
Tantos pedaços espalhados
Do tal espelho quebrado
Que não quer ver
Vicio em querer ser
Aquilo que se vê
Em qual quer lugar
Menos em você
Lá quer estar
Perdido sem querer
Se encontra lá
Mas parece não saber
Para sair do lugar
Só se andar
Mas não encontra forças
Para se diferenciar!
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