segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Companheira Amiga





(Rodrigo Azevedo)



A poesia está morrendo
E a fantasia está crescendo
Virando um monstro
Faminto de amor
E alimentando a ambição

Como isso é possível?
Se vivem no mesmo universo
Filhos do mesmo pai
Se ambos é um?

Ao falar desta tragédia
Desmancho em lágrimas
Meus olhos não aguentam nem olhar
A falta de gratidão e de amor para dar
Ao receber do coração do poeta
Um conjunto de palavras bem escritas
Uma verdadeira canção
Com duas melodias
Paixão e comoção

Mas que ingratidão por tanto amor escrito
E só um ‘obrigado’ como pagamento
Agradecimento ao amor bem dito
Dói mais que um ‘não’ mal dito

Poesia, estou contigo
Companheira amiga
Esquecido como tu
Desacreditados
Pela beleza da escrita e leitura
Sentir tuas letras tocantes
No coração dos amantes
Mas os tempos são outros
A paixão é o novo amor
Passa como um ônibus cheio
Para em ponto e ponto
Só para deixar os passageiros!

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