(Rodrigo Azevedo)
Sempre esteve lá
Onde ninguém podia ver
Um dia, tomou vida
E começou a crescer
No escuro, cinza
Veio à luz e um pouco de cor
Um corpo estranho, chega incomodava
Se sentia chato
Ficou engasgado
Um nó na garganta
Não saia de jeito nenhum
Mal conseguia respirar
E aquilo continuava a crescer
Sem saber o que é
Sem saber o que fazer
Fechou os olhos e tentou entender
Começou a te dominar
A tomar conta do seu corpo
O estranho ser te envolvia
De paz interior
Mas logo se acostumou
Sentiu alivio
Ainda entranhando
Por ser algo novo
Olhou de perto
Os detalhes belos
Diferente de tudo
Que já tinha visto
E lá deitou
Com a calmaria, entendeu
Aquilo é o amor
Sempre esteve lá e brotou
A semente germinou
O vazio esvaziou
Finalmente, se sentiu completo
Agora, não estará mais sozinho!
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