sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Escravos

(Rodrigo Maia)



Brincando de servo
Medroso e ingrato
Vagando pelo reino alheio
Seguindo as leis que não tem haver comigo

Sirvo a quem amo
Tudo para não perdê-la
Mas acabo me perdendo
Em um instante nem sei quem sou

Escravo da vida, escravo do amor, escravo do mundo
Um mundo que não respeita o morador
Deserdado pelo próprio pai que o ama
Um amor que não tem sentido para mim

Fora de si, não vivo na fantasia do cinema
Um mundo feito para me esquecer do meu
Mas a faço ser a minha melhor amiga
Para te resgatar em meu coração

Faço de conta que sou Deus em suas trevas
Em seu mundo cheio de dores e solidão
Mesmo sabendo que continuará sozinha
Me maltrata para me afastar

Um brilho esquecido
Feito o carnaval que já passou
Só lembrada na hora marcada
Para satisfazer os foliões

Uma mente cheia de lembranças, mas sem vida
A felicidade a dois já não existe
Logo passou quando resolver não amar
De um homem que se deu para toda vida

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