terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Frágil e Carente

(Rodrigo Azevedo)


O ser superficial
Ama o que é temporário
Adora a beleza que termina com o tempo
Depois que passa, resta a carcaça
Feio para os olhos e para o prazer que logo passa
Não cabe no coração de quem não sabe amar
Não sabe o significado pratico da palavra
Confundindo-o com coisas fora do seu sentido
Troca algo forte, permanente e concreto
Por um momentâneo, passageiro e comum

Se preocupar demais com as aparências
Criar expectativas baseada nessa tal beleza
Fantasiar e se enganar sendo espelho da consciência
Acreditar que o caráter está onde pode enxergar
Pare de viajar, aterrisse
Desligue a TV e pense comigo
Tudo isso que te entretêm
Te faz acreditar em valores falsos
Enxergue a verdadeira beleza com seus sentidos
Deixe que a primeira impressão seja dada por seu coração
Um corpo definido é a capa de um livro em branco
Não se entende um livro só admirando a capa
O rosto é uma mascara que esconde sua historia
O corpo é uma casca descartável
Envolve e guarda o conteúdo
Os valores que talvez existam

Mente frágil e coração carente
É o único motivo para acreditar em tanta bobagem
Querer tocar em algo que não se pode ver
Procurar sem saber o que realmente quer
Sentir, aliviar, imaginar ou viver
Gostar, apaixonar ou amar
Só o amor tem vida própria
A cada pulsação, não apaga
Não enxerga a beleza com os olhos
Não se define em palavras, mas em ações
O belo está nos olhos que quem sente
Sentir o amor, o coração bater e sentir ser feliz.

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