quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Espelho das Águas

(Rodrigo Azevedo)



Sentado na areia
Na beira do mar
Ouvindo as ondas quebrar
Aquecendo meus pés frios com o calor da maré
Admirando o por do sol
O quanto é belo e natural
Refletindo no espelho das águas
Sobre a vida no vai e vem da maré
Como uma garrafa navegando pelo oceano
Viajando com o balanço do mar
Enchendo de água, afogando e afundando
Em meio das pedras e areia
Sendo consolado, coberto e esquecido com o tempo
Se tornando mais uma relíquia perdida

Sentado na beira do mar
Com a atenção do por do sol
Pergunto a ele: Qual o veredito?
O caminho que estamos seguindo
Não faz nenhum sentido
Matar, degradar e humilhar
Os vivos e o seu lar
Sem respeito, união e amor
Só o material e o poder têm seu valor
Me perco no meio do caminho
Ao meditar sobre o destino
Do mundo, da vida e do amor.

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