terça-feira, 15 de março de 2011

Coadjuvante

(Rodrigo Azevedo)


Fecho os olhos e sinto o tempo passar
Como uma brisa leve em meu rosto
Passou e nem vi o seu brilho do olhar
Por não se importar quando o meu se apagou

Às vezes quando revejo o passado
Lá está um escuro vazio
Um vazio que sempre existiu
O tempo que a cortina se abriu
E a paisagem desabou no palco
A estrela da festa não se feriu
Mas o coadjuvante, que azarado
Nele, o mundo caiu
Soterrado, ninguém ouvia seus gritos
Pois as atenções eram da estrela maior
Que do azarado, não sente dó e nem dor!

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