terça-feira, 7 de outubro de 2008

Sonho Estranho


(Rodrigo Maia)


Tive um sonho esquisito

Nada nele tinha sentido

Um mundo diferente do que vemos

Onde a verdade prevalece como o mais nobre gesto

Os conceitos eram tirados de analises profundos

O respeito vivia do nosso lado

A educação não saia do bolso

As escolas eram as verdadeiras casas do conhecimento

Não existia grupos, todos faziam parte de um só

A verdadeira beleza era vista sem as mascaras nos rostos

Todos eram pelas diferenças que são

A tristeza não agüentava ficar lá um só minuto

Os padrões eram só um, ser você mesmo e assim ser valorizado

A amizade era o bem maior em todos

O amor não era uma palavra, era os feitos.


Uma estranha e verdadeira terra do nunca

Onde tudo é somente um sonho

A realidade desfaz toda a fantasia desejada

Que te prende em casa para segurar a única coisa real em suas mãos

A única coisa que você pode chamar de seu e de ninguém mais

Mas para quê ter se não pode esbanjar dele com medo de perder?

Usar nos mesmos dias monótonos preso entre quatro paredes

Nenhuma vida que se preze sobreviver preso assim

Mas solto também vai se perder nesse buraco sem fim

Despenca nesse frágil e escuro mundo que transformamos em nosso

As saídas já se fecharam, esmos todos presos

Nossa cobiça nos prendeu em nós mesmos

Condenados a vida morta

O carrasco é a nossa consciência.

Nenhum comentário: